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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

AVCH aos 29 anos



Meu nome é Priscila, tenho 29 anos evou contar um pouco a minha história.

Em 2002 eu havia acabado de ter meu filho, estava feliz, um dia acordei e fui dar de mamar e senti o braço direito dormente, fui tomar um banho e não consegui levantar o braço direito, falei pro meu pai e ele me levou ao médico. Lá o doutor falou que não era nada, e me mandou pra casa, à tarde começei a ter convulsões, e fui levada ao hospital, lá mais convulsões, o mesmo médico me atendeu e viu que meu caso era grave, me levou direto pra uti, eu tava confusa, depois de uma tomografia o resultado, AVC hemorrágico, foi do lado esquerdo do meu cérebro, eu fiquei sete dias na uti e mais uma semana no quarto, fui recuperando aos poucos e até hoje, quase não tenho sequela, graças a Deus, meu braço esquerdo ficou um pouoco dormente, mas isso é o de menos....minha visão voltou...até hoje eu não sei o que causou isso, nunca fumei, nem bebi, nem tomava anticoncepcional....graças a Deus sobrevivi!!!

FORÇA, GENTE!!
ABRAÇOS

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PEDIDO DE DOAÇÃO DE SANGUE

Doação de sangue direcionada a: Angela Maria Marcondes Machado de Barros - internada na UTI do Hospital Santa Cecília.

Postos de doação:
- Hospital do Câncer (AC Camargo), fica na rua Prof. Antonio Prudente, 211, próximo ao Metrô São Joaquim.
Horário: de 2ª a sábado, das 8 às 17 h
Tel.2189-5000 ramal 2233

- Clínica de Hematologia de São Paulo, fica na av. Brigadeiro Luis Antonio, 2533.
Horário: de 2ª a 6ª, das 8 às 14h
sábado, das 8 às 17:30h
Tel.3372-6611



Angela tem leucemia e aguarda transplante de medula. 
Veja em: http://myrnagioconda.blogspot.com/2011/04/palavras-de-angela-aos-amigos-doacao-de.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AVC pela manhã


Eu trabalhava em uma tv em Belo Horizonte. Eu levantava todo dia bem cedo, 3 horas da manhã, pois 6 horas começava a trabalhar. O carro da minha empresa me pegava às 5 horas na porta da minha casa.

Mas um dia, 26 de junho de 2007, acordei como fazia todo dia e comecei a me arrumar. No banheiro sofri o meu primeiro desmaio. Com muita dificuldade consegui levantar e fui até a copa do nosso apartamento,onde sofri outro desmaio.

Quando segurei em uma cadeira e a minha irmã escutou e veio ver o que é, me encontrou desmaiada, chamou a ambulância da Unimed e me levou imediatamente para o hospital. Eu tive um AVC isquêmico. Fiquei no cti,onde fiz a cirurgia. Fiquei 9 dias no cti e 20 dias no apartamento.
Depois de 29 dias fui liberada para a minha casa,quando teve início a luta para a superação.Primeiro fiquei em uma cadeira de rodas .
Em casa, comecei fazer fisioterapia. 

Hoje, depois de 4 anos já estou andando com a ajuda de uma bota,que chamam de tutor. Fui obrigada a deixar a minha profissão de lado e hoje, já estou aposentada.
Nesta hora os amigos somem,contamos mesmo com a família. Graças a deus a minha irmã me deu apoio e aos estou superando, mas é um caminho longo.

Procurei me informar sobre os tratamentos novos, como o transplante de células-tronco,mas as informações são poucas, ainda no ar. Estou fazendo o que está disponível,como a fisioterapia, terapia ocupacional, aplicação de botox.Aos poucos estou melhorando,embora a recuperação seja lenta.

Luciane – BH - MG

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

P A R T I C I P E!


Cada caso é um caso. Sua experiência é única. Com ela, poderá ajudar os que vivem situações semelhantes.
Escrevam para: sobrevivi.avc@gmail.com


A todos que nos enviam depoimentos, pedimos a gentileza de se identificar, nos fornecendo seus e-mails. Dessa forma, podemos esclarecer dúvidas e dar um retorno personalizado, sem ser apenas na área de comentários. Prometemos sigilo. Só publicamos o endereço eletrônico quando autorizados.

Dor de cabeça e aneurisma

Tive um avc hemorragico no dia 02/01/11.


Estava na residência da minha irmã, reunidos em familia num domingo tipico de churrasco. Estávamos todos numa varanda batendo papo quando de repente senti uma forte dor de cabeça que jamais tinha sentido dor igual. Os lados do rosto esquentaram, fiquei com dificuldade auditiva,dificuldade de respirar, a visão turva e o lado esquerdo todo dormente. Suava muito, chamei meu esposo e so consegui dizer que estava passando mal. Foi quando me levaram para o quarto da minha irmã. Aí eu vomitei e em seguida desmaiei. 


Fui socorrida por meu esposo e minha filha até o pronto-socorro onde graças a Deus tive atendimento rápido. Fui submetida a exames e foi detectado uma aneurisma e eu tinha que ser operada o mais rápido, só que o SUS tinha suspendido o fornecimento das molas aí minha prima entrou com um processo contra o estado para agilizar a chegada dessas molas. Isso durou quase 15 dias, mas graças a Deus tudo correu bem e no momento da cirurgia o aneurisma rompeu de novo. Mas deu tudo certo. Passei 40 dias no hospital, e apesar de tudo esta bem eu vivi momentos muito difíceis quando percebi que não andava. Mas com a fisioterapia estou andando. Só lamento nao ter sensibilidade, mas diante de tudo isso estou feliz e agradeço ao meu bom Deus a oportunidade de viver novamente e agora é saber viver da melhor maneira mesmo tendo minhas limitaçoes. Mas é muito bom saber que pessoas como eu estão contando a sua historia e isso é gratificante, e o que desejo é que todos que passaram por isso sejam abençoados por Deus e vida nova para todos nós.


É muito dificil para quem sofre um AVC conviver com tantas dificuldades. A família ,os amigos e as orações são muito importantes para nós pois ajuda muito na recuperação e para quem está hospitalizado eu desejo que Deus encha o coração de fé e esperança e acredite que para Ele nada é impossível, e que devemos ter força e coragem para encarar a situação. Um abraço forte do tamanho dos muitos abraços que recebi e que recebo até hoje, fiquem com Deus e que ele nos ilumine sempre.


Ione Lins - Maceió - AL

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

AVC no cerebelo



Eu tinha feito 36 anos em 25/01/2008 e em 05/02/08 sofri o primeiro avc. Fui almoçar na casa de amigos, voltei dirigindo e comecei a passar mal, enjôo, vômitos e diarreia. Fui perdendo a coordenação e a fala também. Dormi, sofri o AVC, no dia seguinte minha mãe foi me ver. Me levaram ao hospital e acharam que eu estava bêbada, me deram glicose na veia. Entrei em coma, minha glicemia baixou, cheguei a glascow 7 (nível de consciência), fui encaminhada ao hospital, referência em neurologia no DF


Fiquei em coma por 18 dias. Quando acordei arranquei os tubos da minha boca, os médicos não sabiam o que havia acontecido, pois eu não me enquadrava num perfil de AVC. Fiquei cega, sem nenhum movimento, não conseguia controlar meus músculos, tinha feito uma cirurgia para colocar uma válvula DVE, tinha tido hidrocefalia também. 


Bem, sou espírita, disse que havia uma legislação que protegia. Queria ir para casa, pois haviam diagnosticado que eu não tinha esperança de recuperação. 


Após 26 de internação tive alta. Fui pra casa carregada e sem conseguir comer. Tinha ainda por cima incontinência urinária, eu estava usando fraldas. Como estou hoje: Levei meses para conseguir comer sólido. 


Meu AVC atingiu o cerebelo do lado direito. Com uns 6 meses tirei as fraldas, já comia sólidos e já caminhava um pouco me segurando nas coisas.


Fui ao neuro, nada de conclusivo, parti pro alternativo. Fiz acumputura, fono, fisio, psicólogo, massoterapia e hoje vejo quase norma, perdi a visão lateral esquerda, ainda tenho a síndrome da mao alheia, mas aprendi a usar o cérebro e quase não tenho mais problemas, não uso fraldas, tenho ainda problemas de equilíbrio. Não posso mais trabalhar, mas cuido de cães, já consigo tosar, tenho um filho de 12 anos, moro só e estou ainda em recuperação, mas estou muito bem obrigada. Tenho muita força de vontade e estou vencendo. Já fui aprovada pela rede de hospital Sarah, estou aguardando ser chamada e não fiquei com seqüelas físicas aparentes, graças a Deus. 

Renata, uma sobrevivente.
Planaltina - GO

sábado, 15 de outubro de 2011

P A R T I C I P E!


Cada caso é um caso. Sua experiência é única. Com ela, poderá ajudar os que vivem situações semelhantes.

Escrevam para: sobrevivi.avc@gmail.com

A todos que nos enviam depoimentos, pedimos a gentileza de se identificar, nos fornecendo seus e-mails. Dessa forma, podemos esclarecer dúvidas e dar um retorno personalizado, sem ser apenas na área de comentários.

Prometemos sigilo. 

Só publicamos o endereço eletrônico quando autorizados.

Fabiana: História de um milagre


Sexta-feira, 29 de agosto de 2008. Fabiana está sedada, num leito de observação do pronto socorro do Hospital Life Center, em Belo Horizonte. Eu, Sérgio, seu pai, e Lourdes, sua mãe, aguardarmos aflitos e apreensivos o diagnóstico médico, depois de tantos exames, pois desde meio dia ela está no hospital, e já passam das cinco da tarde.

Fabiana é uma moça de 24 anos, alegre, extrovertida, de sorriso largo e fácil, e está muito feliz, por vários motivos. Desde que se formou jornalista, há dois anos, havia conseguido o primeiro emprego na sua área, por ela mesma, e estava em sua primeira semana de trabalho. Havia começado na segunda-feira e estava radiante com o emprego e com as pessoas com as quais trabalhava.

Na noite anterior, de quinta-feira, havia tido a primeira aula num curso de pós-graduação. Faria uma especialização em Marketing, pois acreditávamos, eu e ela, que esse curso poderia ajudá-la em sua carreira profissional.

No campo afetivo, não poderia estar melhor: três meses de namoro, vivendo uma paixão arrebatadora por Rômulo!

Tudo ia muito bem com a vida de Fabiana, exceto aquela forte dor de cabeça que a incomodava já há praticamente uma semana, e que já a levara a dois hospitais diferentes nesse intervalo de tempo. Em ambos (Vera Cruz e Socor), o diagnóstico foi de enxaqueca e a receita de analgésicos.

Nessa sexta-feira, 29, ela acordou com a tal dor de cabeça, que estava ainda mais forte. Chegou a fazer vômitos antes de sair para trabalhar. Foi trabalhar assim mesmo, pois disse que tinha um serviço importante para fazer e que, com uma semana de trabalho, não dava para faltar. Saiu mas não demorou muito. Disse que não tinha condições de andar até o ponto do ônibus. Eu a levei de carro para o trabalho.


Por volta das 11:00 hs meu telefone toca e Fabiana, do outro lado da linha, está aos prantos. A dor de cabeça estava insuportável e pedia para eu ir buscá-la no trabalho. Imediatamente eu e a mãe fomos ao seu encontro e, lá chegando, não tive dúvidas: levei-a para o hospital mais perto, o Hospital Life Center. Era por volta do meio dia.

Às 17:50 hs o médico, Dr. Cláudio Lima, neurologista, com o resultado da tomografia em mãos, nos chama e dá o diagnóstico: “Sua filha tem uma hemorragia cerebral gravíssima! O quadro dela é muito grave e ela tem que ir para o UTI agora, não pode nem se levantar dessa cama!”

Tudo rodou à minha volta. Minha esposa, Lourdes, caiu em prantos. Tiraram o chão sob nossos pés! Não podíamos acreditar no que estávamos ouvindo! Mas era a realidade, nua, crua, doída, como um punhal transpassando nossas vísceras!

Comecei então a ligar para os parentes e amigos e avisar o que havia acontecido. A primeira pessoa com a qual falei com minha prima Cecília. Ao telefone, ela me disse:“! Vai dar tudo certo! Vamos rezar, pedindo a intercessão dele e você vai ver que tudo vai dar certo, tudo vai ficar bem!”

Numa segunda ligação, falando com minha madrinha, Marlene, eu já aos prantos, ouvi dela a mesma coisa: Meu filho, não chore! vamos pedir a ele pela Fabiana! Você vai ver como tudo vai acabar bem!”

No dia seguinte, sábado, era o dia da Festa do Beato Eustáquio e já havíamos feito planos, para ir à missa, passear pela praça da igreja, pelas barraquinhas....Planos adiados, sonhos adiados!

Em pouco tempo os parentes e amigos começaram a chegar ao hospital (Stela, minha concunhada foi a primeira a chegar para confortar a mãe, nos dar seu abraço, seu apoio).

O médico nos disse que faria um cateterismo para saber se tratava de um aneurisma ou não, enfim, para ter um diagnóstico mais assertivo.

Depois do cateterismo, realizado após às 20:00 hs, foi constatado que não se tratava de um aneurisma, mas sim de uma trombose cerebral, um “entupimento” da principal artéria do cérebro e, por conseqüência, um derrame de grande quantidade de sangue no cérebro. O quadro, segundo o médico, era gravíssimo e não havia nada a fazer a não ser esperar pela reação da Fabiana. Por volta das 22:00 hs fomos autorizados, eu e a mãe, a vê-la na UTI.

Não sei como conseguimos passar aquela noite de sexta para sábado, mal arranjados em dois pequenos sofás na recepção do 18º. Andar, entre o bloco cirúrgico e a UTI. Eu, minha esposa Lourdes e o namorado da Fabiana, Rômulo, que esteve o tempo todo ao nosso lado, durante todo o período de internação dela.

Sábado, 30/08. As visitas só eram permitidas às 10:00 hs, às 16:00 hs e às 20:00 hs.
Não cabíamos dentro de nós, tamanha era nossa ansiedade em ver nossa filha, em falar com ela, em saber se estava tudo bem. Nas três visitas, ela estava relativamente bem, consciente, conversando. Na última, das 20:00 hs, ela chegou a dizer que perderia o futebol italiano que ela gostava de acompanhar pela TV aos domingos. Fomos para casa, afinal, nosso filho, Rafael, estava sozinho em casa e também precisava de nós. Antes de me deitar, me lembrei das palavras da minha prima Cecília e da minha madrinha Marlene e fiz uma súplica ao , para que intercedesse junto a DEUS em favor da vida da nossa filha.

Domingo, 31/08. Chegamos cedo ao hospital e, na primeira visita, a das 10:00 hs, notei que a Fabiana falava muito “arrastado”, que seus olhos mal se mantinham abertos e a sua aparência, de um modo geral, não me agradava. Perguntei à enfermeira responsável pelo leito dela o que estava acontecendo e ela me respondeu que Fabiana estava sob efeito de fortes sedativos em função da dor de cabeça. Não “engoli” aquela resposta e me veio uma sensação ruim, um “aperto” no peito, e, ao final da visita ela sequer respondia o que falávamos com ela. Terminado o horário de visita, voltamos para os bancos em frente à UTI e ali ficamos atentos a todas as movimentações.

Pouco mais de uma hora depois, nos chamam ao balcão de entrada da UTI e nos avisam que o estado de saúde da Fabiana havia piorado; que ela já não respirava mais sozinha (havia sido entubada) e que havia entrado em coma.
Por volta do meio dia, chega o neurocirurgião, Dr. Ricardo de Souza Quadros, que nos chama e diz que a situação dela era gravíssima e que deveria ser operada imediatamente, para retirada de parte da calota craniana, pois o seu cérebro estava inchando muito e já não cabia mais na cabeça. Disse que a cirurgia era de altíssimo risco, mas que era a única alternativa no momento. Fabiana foi então levada ao bloco cirúrgico e foi submetida a uma cirurgia por mais de 4 horas.

Avisados, parentes e amigos vão chegando ao hospital e logo lotam o 18º. Andar. Unidos em preces, orações e súplicas, todos intercedem pela vida de Fabiana, ao mesmo tempo em que procuram nos confortar, especialmente a mãe, que está arrasada, inconsolável.

Nunca vou me esquecer da cena: chega uma das melhores amigas da Fabiana, Fernanda, já aos prantos, com sua mãe, Clara. Clara retira da bolsa, tremendo muito, mal conseguindo falar, uma oração do o, entrega à minha esposa e diz: 
Minha esposa, naquele momento, não estava em condições de escutar nada. Peguei das mãos dela a oração do e, desse momento em diante, todas as noites, antes de me deitar, e todas as manhãs, ao me levantar, rezava aquela oração e pedia, fervorosamente, a intercessão dos céus

Lá pelas cinco da tarde, terminada a cirurgia, o Dr. Ricardo me diz que fez o que foi possível, mas que o quadro continuava gravíssimo e que não se podia fazer mais nada, apenas esperar pela reação dela. Não nos deixaram mais vê-la e, lá pelas nove da noite nos convenceram a ir para casa, já que ali não poderíamos fazer nada.

Depois daquele dia terrível, um dos piores da minha vida, eu e minha esposa nos deitamos e tentamos dormir, mas era impossível. Recostamos na cama para esperar o dia clarear para voltar ao hospital. Já passava das 23:30 hs quando o telefone de casa começa a tocar de maneira insistente, rasgando o silêncio daquela noite de domingo.
Eu não queria atender, porque, ao primeiro toque, me veio um aperto no coração e um calafrio e senti (não sei explicar como) que era uma ligação do hospital. Deixei tocar várias vezes, até que minha esposa, sobressaltada, me pediu para atender. Disse a ela que deveria ser alguém querendo saber noticias da Fabiana e que no dia seguinte a gente daria retorno. Ela não aceitou minha reposta e disse que poderia ser do hospital e se levantou para atender. Pulei à frente dela e atendi. Do outro lado, alguém se identificou como sendo enfermeiro da UTI do Hospital Life Center e que era para irmos para lá o mais rápido possível, pois a Fabiana havia falecido.

Nesse momento, minha esposa, colada a mim, ouviu tudo e se descontrolou completamente. Ela gritava e, aos prantos, bradava: “Senhor, a minha filha não! Eu quero a minha filha de volta, Senhor! Por favor, me devolve a minha filha! A minha filha não, pelo amor de Deus!” E quanto mais eu tentava acalmá-la, quanto mais eu tentava consolá-la, mais ela gritava, mais ela clamava, mais ela implorava a DEUS por nossa filha!

Liguei então para parentes e amigos e rapidamente Cecília e Silvana, primas queridas, chegaram lá em casa e me ajudaram com minha esposa. Colocaram uma roupa nela para sairmos para o hospital. Tirei o carro da garagem e fiz voltas enormes, até parei para abastecer o carro. No fundo, eu não queria, de forma alguma, chegar ao hospital, pois sabia que lá teria que enfrentar uma situação que, com certeza, seria a mais difícil da minha vida: deparar-me com minha filha morta.

Como demorei a chegar, alguns amigos e familiares chegaram antes de mim. Minha esposa passou mal no trajeto, desfaleceu por duas vezes, e, por isso, fui primeiro ao pronto socorro do hospital, para que a medicassem antes de subirmos para a UTI. Enquanto ela estava sendo atendida no pronto socorro, meu telefone celular tocava insistentemente, chamado sempre pelo mesmo número. Atendi ao João, amigo de longa data, que me perguntava onde eu estava e aí expliquei toda situação a ele. Ele então me disse: Eu já estou aqui no 18º. Andar, na UTI e estou ao lado do médico de plantão e do Rômulo . Fabiana não morreu, está muito mal, o quadro é gravíssimo, mas ela vive!”


Todos os que estavam ao meu redor, ao ouvirem essa notícia, imediatamente passaram a dar graças e glórias a DEUS! Minha esposa, já sedada, encontrou ainda forças para louvar e bendizer a DEUS e dizer: ELE ouviu as minhas preces. Ele ressuscitou minha filha, assim como fez a Lázaro!”

Corremos todos para o 18º. Andar, onde o médico nos disse que deveria ter havido algum engano, que ninguém do hospital disse que ela havia falecido, mas que ele havia sim mandado ligar para nós, para que fôssemos ao hospital com urgência porque ele não sabia mais o que fazer, que tudo que podia ser feito ele já tinha feito e que o quadro dela se agravava a cada momento, e que ele não poderia garantir a próxima hora de vida dela. Parentes e amigos, todos se juntaram a nós e, no corredor do hospital, fizemos uma corrente de orações, agradecendo a DEUS por essa nova oportunidade, por essa nova chance para a Fabiana e, ao mesmo tempo, pedindo pela sua vida. O médico então permitiu que, dois a dois, todos os presentes fossem vê-la no leito, como se fosse uma despedida. Eu e a mãe entramos, oramos, e dissemos a ela, ainda que estivesse em coma, ainda que não pudesse nos ouvir ou compreender, que DEUS estava com ela e, se ELE estava com ela, ela não pereceria, que era para ela lutar pela vida dela com todas as forças que lhe restavam. Pouco depois, minha esposa desmaiou, em função dos fortes sedativos que lhe foram aplicados no pronto socorro e teve que ser carregada para casa e para sua cama.

Tempos depois, quando Fabiana ainda estava internada no Hospital Life Center, uma funcionária da limpeza, Mônica, procurou minha esposa e confirmou que, naquele domingo, 31 de agosto, Fabiana havia sido declarada morta e que ela, Mônica, foi chamada para arrumar um local para velarmos o corpo dela assim que chegássemos ao hospital.

Segunda-feira, 1º. De setembro. “Moídos”, “destroçados”, “arrasados” pelos acontecimentos de domingo, fomos cedo para o hospital novamente, aguardando as noticias e a visita das 10:00 hs. O quadro de gravidade aguda se mantinha, nenhum sinal de melhora e, logo depois da visita das 10:00 hs, por volta das 11:00 hs, nos chamam novamente e nos dizem que a situação da Fabiana está insustentável e que o médico estava chegando para conversar conosco.
Mais uma vez o Dr. Ricardo me chama à porta do bloco cirúrgico e me diz, textualmente: “Sérgio, se eu não operar a Fabiana agora ela morre em duas ou três horas. Se eu operar, as chances dela sobreviver são mínimas. Ela não tem mais do que 1% ou 2% de chance de sobreviver!”

Eu o respondi dizendo que ele a operasse e que fizesse o melhor que pudesse fazer porque, do lado de fora, estaríamos todos orando e pedindo a DEUS que o iluminasse e que o utilizasse como instrumento para a salvação da Fabiana.

Quatro horas e meia depois, antes que ela saísse do bloco cirúrgico para a UTI, o Dr. Ricardo me chamou à porta do bloco e me disse: “Fiz o que foi possível, mas a cirurgia foi muito “brava”! Se ela sobreviver, ela nunca mais vai andar e nunca mais vai falar, porque tive que cortar massa encefálica dela que já estava necrosada. Não há mais o que se possa fazer! Só aguardar!”

Ainda que eu viva 100 anos, jamais me esquecerei dessas palavras do Dr. Ricardo.

Novamente parentes e amigos tomaram conta do 18º. Andar do hospital e com muita oração, com muita fé, intercederam conosco em favor da vida da Fabiana. Ao terminar a cirurgia, quando passaram com ela na maca, de um lado (bloco cirúrgico) para o outro (UTI) do andar, todos se levantaram e, uníssonos, entoaram um “Pai Nosso” e uma “Ave Maria”. Cena linda, emocionante, que jamais esquecerei!

Bem, a estória é longa! Afinal foram 72 dias de internação, sendo 20 na UTI e 52 num apartamento. Nesses 52 dias de internação no apartamento, minha esposa, Lourdes, não saiu do hospital nem por um minuto. Cinqüenta e dois dias sem ”colocar os pés na rua”, o tempo inteiro ao lado da filha.

Após essa segunda cirurgia, Fabiana passou por mais três (foram cinco no total), contraiu uma infecção grave, teve que implantar um filtro na veia cava em função de outros trombos que foram detectados nas suas pernas, enfim, um verdadeiro “calvário”.


Hoje, um ano depois, estamos aqui para louvar e agradecer a DEUS, para agradecer a poderosa intercessão do , pois nossa filha está VIVA, está em casa, ao nosso lado,falando e andando (ainda que com dificuldades e com outras pequenas seqüelas), contrariando todos os prognósticos médicos.

Estamos relatando esse fato para dar nosso testemunho e para dizer ainda que muitas outras coisas maravilhosas aconteceram nesse período, e que os sinais de DEUS na nossa vida são visíveis, inconfundíveis.

Você que está lendo esse relato, esse testemunho, conhece a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a ressurreição de Lázaro?

E a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a cura da febre da sogra de Pedro?

E a passagem do Santo Evangelho que fala sobre a ressurreição da filha de Jairo?

Pois bem: estamos aqui para dar testemunho de que essas narrativas são verdadeiras, não porque vimos, pois evidentemente não estivemos lá, não presenciamos os fatos. Mas sim porque o mesmo aconteceu conosco, com nossa filha! Hoje somos como Jairo, somos como Pedro, somos como Marta e Maria!

Felizes aqueles que acreditaram sem terem visto!”

SÉRGIO, LOURDES, FABIANA E RAFAEL
Belo Horizonte, Agosto de 2009.
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