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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Renascimento

Tenho 51 anos, experimentei a fatalidade de ter um AVC com 46 anos de idade.
Sempre fui muito ativo, inquieto, viajava muito, trabalhava muito também. sou casado, tenho mulher, filhos, pai e mãe (graças a Deus) e irmãos. deparei-me diante de uma situação horrorosa, perdí o chão (pensava eu), fiquei muito traumatizado com essa nova vida. e agora? o que vai ser de mim e da minha familia? chorava muito ao ver o sofrimento da minha mulher, tirando forças não sei de onde, o sofrimento dos filhos e familiares à minha volta. com o apoio e o amor deles e com as sessões de fisioterapia fui tendo uma certa melhora, conseguia raciocinar com mais clareza. eu precisava RENASCER, não queria me acomodar com aquela situação, precisava voltar a ser útil. 
Comprei esse PC que uso agora, fui aprender a transformar fitas de vhs para dvds e discos de vinil pra cds. tinha que preencher o meu tempo, aliando produtividade com obter novos conhecimentos. fui agraciado por Deus novamente, permitiu-me olhar a vida de um lado que poucos conhecem. sou sequelado, limitado com os movimentos do lado esquerdo, porém totalmente independente. depois do AVC terminei o ensino médio, prestei vestibular e faço administração numa faculdade de Ensino a Distância (não pretendo exercer, só adquirir novos conhecimentos, preencher a mente), renovei minha CNH, dirijo um veiculo automático, colaboro significativamente com a renda familiar (fruto desse meu novo trabalho) e me sinto completamente útil agora. nada disso teria acontecido se eu tivesse me acomodado com a situação criada pelo AVC, mas impossível seria o meu RENASCIMENTO se não tivesse o amor da minha familia (principalmente o da minha mulher) e me apegar definitivamente nos ensinamentos de Deus. Deus nos permite renascer a cada dia, só nos resta saber aproveitar essa graça. abraços. Rubens.

Lutar sempre




Olá, espero poder dividir um pouco do que vivi e ainda tô vivendo depois do avc, com vc que está lendo minha história é uma honra poder compartilhar com alguém, algo que passei.. 


Me chamo Suely, tenho 32 anos e sou uma sobrevivente de avc.

Era dia 02/01/2010, todos festejavam o ano novo que acabara de chegar, eu estava na fazenda do meu sogro no Goiás, com meus filhos Luan Victor de 5 anos e minha filha Lívia de 11 anos, e meu esposo Lucimar, todos festejavam, daí estava com meus cunhados embaixo de uma árvore na frente da casa sorrindo, brincando qdo resolvi tomar um banho, porque estava muito quente. Eu tinha chegado de Palmas no Tocantins, onde saí do meu trabalho pra passar umas férias curtas, férias essas inesquecíveis porque até hoje não voltei pro trabalho. Por causa desse tal avc; terminei o banho e pedi pra minha sobrinha Jackeline arrumar meu cabelo, fui escovar o cabelo, quando acabou de escovar pedi a minha filha que trouxesse a câmera pq haviam ficado lindos meus cabelos. 


Empolgada comecei a tirar fotos eu mesma, fui até a janela do quarto, olhei a paisagem, bati uma foto e pedi pra minha filha pra ver como a foto havia ficado. E ela disse: "Mãe, sua boca tá torta o que foi?" Eu disse não está deixa eu ver. Resolvi pegar meu filho Luan que estava na cama; chamei-o ele correu na cama mesmo. Daí fui pegá-lo não consegui estender o braço, coloquei o joelho na cama não consegui também. Foi horrível este momento quase cai, meu esposo entrou no quarto e me segurou antes q eu caisse eu lembro que não saiu a voz, mas pude pedir meus remédios apontei onde estavam. Minha filha pegou trouxe água e resolvi por impulso tomar um comprimido de pressão e um Somalgin, tipo AAS, não ficava mais de pé, logo veio meu cunhado e disse vamos pro hospital, junto com meu esposo. 

Eu retruquei: "não vou não, vai passar, tô bem". Insistiram e eu não tive escolha, nem opção pois não conseguia sair do lugar. Me recordo que estava com a mala no carro ainda e como tinha saido do banho so deu tempo de vestir um vestido curto e fresquinho e como estava sendo carregada minha cunhada foi pegar uma calça e me acompanhou, fomos, sai de dentro de casa carregada arrastadapor meu cunhado e meu esposo até o carro dele, tinha a estrada de chão e o carro q estava mais acessível no momento era o dele, lembro-me que fui acompanhada por minha cunhada Sueny e meu esposo, não fomos a cidade mais próxima pois não tem hospital, fomos pra que fica a 22 km chegando lá nada de hospital com plantão estavam todos festejando acredito eu, foram seguindo até Ceres a próxima q talvez tivesse alguém. Paramos num hospital, onde havia uma médica que graças a Deus era Neurologista, lembro que a mesma ficou assustada ao me ver , nunca esqueci sua expressão de assustada, fez o atendimento padrão e ouvi ela dizer que eu estava tendo um avc e necessitava de uma uti com urgência pois nem tinha um ano q havia passado por uma cirurgia cardiovascular ela viu a cicatriz e perguntou ao Lu, quando olhei naquela médica pela fisionomia dela confesso que pensei tô morrendo. Ela disse ao meu esposo ela precisa ser tansferida pois aqui não temos recurso pra atendê-la, eu não conseguia me mexer foi horrível pensei tô morrendo, só pensava nos meu filhos que ficaram na fazenda. O Lu disse nós vamos embora amanhã pra casa em Brasília, então podemos ir hoje agora, ela disse não NÃO pode ela não sai daqui de carro só de ambulância, UTI móvel, apesar de estar daquela maneira, ouvia tudo, Deus não deixou que me faltasse a conciência, não sabia o que estava acontecendo só que eu não conseguia me mexer, e estava numa cama de hospital tomado medicações e que a médica estava aflita com tudo aquilo, minha cunhada permaneceu ao meu lado o tempo todo, eu só pedia a Deus que não me deixasse morrer, pois meus filhos precisavam de mim, foram atrás de saber de ambulância, conseguiram uma do SAMU pensei agora tudo vai caminhar, agradeci a Deus, ai veio a médica ela só sai daqui quando me garantirem uma UTI pra ela, lembrei que tinha o número do celular do cardiologista que havia me acompanhado no hospital que fiz a cirurgia cardíaca Dr. Hélio Bezerra, o Lu ligou e passou pra Dra. ele não estava de serviço naquele dia mais ligou pro plantonista e confirmaram minha vaga, o Lu disse pronto agora vamos, pensei UFA graças a Deus, daí disseram que a ambulância precisaria fazer um trajeto maior por causa de protocolo.



Os enfermeiros vieram colocar uma sonda, e vários acessos, disseram q era caso houvesse uma emergência, foi uma longa viagem passamos por um outro hospital por causa do tal protocolo, só me lembro que a viagem foi horrível, balançava muito, eu não conseguia urinar por causa da sonda, eu queria chegar pra tirar aquilo de mim...



Depois de longas horas enfim chegamos, eu vi, minha irmã assim que me desceram da ambulância me senti melhor é como se fosse uma mãe pra mim, naquele momento consegui falar, perguntei por meus filhos, ela disse não se preocupa estão bem, me levaram pra UTI, eu pedi tira essa sonda disseram, não pode porque você não levanta tem que ficar, eu pedi que chamassem a Conceição esposa de um colega de trabalho que é enfermeira naquele hospital, ela veio, eu pedi :Conceição pelo amor de Deus pede pro médico autorizar tirar essa sonda, ela me deu aquela força, veio o Dr. de plantão e ficou pergutando, pra mim, qaue dia é hoje?, eu respondi dia 02 de janeiro, pergutava várias vezes, eu não entendia mas respondia, perguntou qual seu nome? eu disse Suely, ele: Suely de quê? eu: Suely Misquita, toda hora perguntava a mesma coisa, tava um saco, eu já era conhecida do hospital pois antes da cirurgia cardíaca fiquei longos dias internada lá, comecei a ser levada a fazer exames. 2 dias depois não tinha caído a ficha do que eu estava passando, resolvi levantar pra ir ao banheiro, sabe o que aconteceu? Cái. 


Correram pra me levantar e chamar minha atenção eu não podia acreditar no que estava vivendo ao sair os resultados diagnosticaram que a válvula mitral que ora foi trocada em janeiro de 2009, apesar de ser uma prótese biológica, fatalmente deu um trombo que foi ao cérebro, causando o avc, permaneci 7 dias naquela UTI, fui para o quarto e fiquei 2 meses internada lá, tomando anticoagulante duas vezes ao dia fora os demais remédios eram tantos, pra ver se o tal trombo diluia daquela válvula, cogitaram abrir-me novamente pra trocar a válvula novamente quase enlouqueci só de pensar na possibilidade de passar por uma nova cirurgia cardíaca novamente, meus irmãos foram atá a fazenda buscar meus filhose o carro, ficaram todo o tempo que permaneci no hospital na casa do Marcos meu irmão, um pai pra mim, cuidou direitinho deles, ele mora a 75km de Brasília então todo esse tempo não via meus filhos, foi duro, sentia tanta falta, eu não entendia os conflitos, o neurologista não queria que usasse o anticoagulante e o cardiologista não abria mão é assim até hoje, porque quem tem prótese biológica não precisa mais fui premiada, então prefiro concordar com o cardiologista., enfim estava ansiosa pra sair do hospital, pedia tanto a Deus, mais enquanto o trombo não sumisse não teria a alta, orei ao Senhor pedindo que me deixasse sair daquele lugar, queria minha casa, meu filhos, minha vida de volta, eu dizia que meu ano não tinha começado ainda., mas me recusei sair do hospital de cadeira de rodas, aprender a andar de novo como uma criança, foi um grande desafio, segurei ao Lu mas nãoo sai de cadeira de rodas.


Desde o ínicio fiz fisioterapia, agradeço tanto ao fisioterapeuta Thiago pela sua insistência, perseverança, profissionalismo pra que eu fizesse as sessões naquele hospital, porque teve um momento que eu não aguentava mais, e ele não saía do meu quarto sem que eu fizesse a sessão,me fazia rir, fazia meus dias serem menos difíceis


Até hoje somos amigos, sempre que preciso de um help, recorro a ele, quando sai do hospital finalmente não tive mais o Thiago mas encontrei a Rita uma ótima fisioterapeuta, igualzinho ao Thiago, me ajudou tanto, chega um ponto que você não aguenta mais fazer fisioterapia.
O pior do avc, é que todos os seus amigos te abandonam, quem você acha que é seu amigo te esquece, sofri tanto psicologicamente, acho que é a maior sequela até um dia que resolvi fazer terapia ocupacional onde conheci a Flávia, uma excelente T.O, que me fez enxergar que eu podia viver mesmo com as sequelas, pois eu dizia que minha vida tinha acabado, voltar pra casa, mas não consegui tomar banho cuidar das crianças doeu, ela me disse que eles tinham o mais importante pra mim meu amor.


Caí de cara na net não saia de casa, pra nada, chegavam visitas nem olhar pra elas olhava, chorava todos os dias daí resolvi fuçar umas comunidades no orkut, onde descobri o grupo, lá tem um chat, onde comecei a ter uma nova família, amigos que me entendiam porque estamos no mesmo barco.

Depois de Deus, minha mãe e minha família a família sobreviventes são um tudo pra mim, amo todos, meu sonho é conhecer todos pessoalmente, amigos verdadeiros são os que chegam quando os outros saíram.
Ainda não sou independente como antes mais existe um médico dos médicos que renova minha fé a cada nascer do dia com a esperança que um dia não serei uma sequelada de AVC.


Sofro porque nos afazeres de casa quem me ajuda são meus filhos, são crianças, mas me ajudam como gente grande, o Luan , é menor mais é muito carinhoso comigo, faço o que dá, mas consigo auxiliá-los dai fica mais fácil.
Estou viva, pra contar e o resto a gente corre atrás.


Obrigada pela oportunidade de conhecer vocês!!!
Lembrem-se Lutar sempre, conquistar talvez, desisti jamais. fé em Deus sempre.
Beijos
Su

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

AVC une ou destrói...



Em fevereiro do  ano de 2009 meu avô morreu após 5 derrames.E no dia 12/04/2009 minha mãe teve um avc isquêmico. 
Ela já não estava se sentindo bem algum tempo e os médicos suspeitavam de labirintite.Vivia dormindo por causa do peso na cabeça, já nem tinha alegria. Na madrugada véspera da pascoa ela pediu para ir ao banheiro pois não estava conseguindo levantar, meu pai foi me acordar para ajuda-lo quando a vi gelada, suando.Achei que poderia ajudar dando um anti coagulante ela teve convulsão.Imediatamente chamei o samu.
Quando coloquei ela na cama já não estava falando mais e nem tinha mais o movimento do lado direito.Como era feriado neste dia não tinha neurologista no hospital e ela ficou no corredor até conseguir um quarto pra ficar,nesse tempo eu não me esqueço até hoje seus olhos viraram,sua boca entortou.Me deu uma agonia de ve-la naquela situação sem poder fazer nada.
Logo no 1 dia foi colocado a sonda.Eu orava a deus todas noites pra me dar forças e não chorar na frente dela pra ela não ficar mais triste.Ficou dormindo dias direto não via nada que acontecia.ficou 1 mês internada.
Nessas horas a gente sabe quem é amigo da gente pois fiquei 37 dias dormindo no hospital sem voltar pra casa pois ninguém da minha família queria ficar lá. Foram dias difícil passavam todos os dias chorando pedindo a deus sua recuperação.
Minha irma trouxe para mim uma bíblia que deixava aberta sobre a cama da minha mãe. Os dias passavam e como era triste ver as pessoas que estavam ali morrendo, dava um desespero.
Quando voltou pra casa tive que aprender a dar banho na cama fazer a comida da sonda, arrumar a casa e fazer as fisioterapia com ela. Minha mãe demorou para falar e quando falava era difícil de entender.Para ficar em pé demorou uns 4 meses mas o lado direito ainda esta comprometido..
O derrame ele une a família ou destrói. Hoje na minha casa não vem ninguém , sem somos convidados para festas , os amigos se afastaram e minha mãe vive em depressão chora muito porque era uma mulher ativa, trabalhadora ,mas graças a deus sempre estive em pé com forças para lutar por ela procurando meios de reabilita-la.
Por isso eu digo nessas horas a família fica unida em prol da melhora daqueles que amamos e se as pessoas sumirem não sinta raiva delas só sabe o que passa com a gente quem já passou por isso, não podemos cobrar dos outros ajuda e sim solidariedade , mas se mesmo assim for difícil devemos seguir a vida sem magoas que Deus dará vitória.
Um abraço a todos que estão passando por esta luta que não desancoragem jamais 

Cristiane Gomes Pereira


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