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sábado, 26 de setembro de 2009

Dez anos depois...

Por ano, cerca de 90 mil pessoas morrem de AVC no Brasil. 7,5% das vítimas têm menos de 45 anos, aponta pesquisa. Saúde 11/08/2009.

Comecei meu depoimento c/ este dado estatístico para dizer que graças a Deus não faço parte da estatística de óbitos, mas fui vítima de um AVC em 1999, quando tinha 36 anos.

Nunca antes tive problemas sérios de saúde e trabalhava em 3 empregos. Como jornalista, radialista e assessora política. Um dia, do nada, todo o meu lado esquerdo do corpo ficou paralisado. Médicos hospitais...Um corre corre danado e todos diziam que eu estava passando por uma crise depressiva aguda causada por problemas no trabalho. Na época eu fazia a editoria policial e via coisas terríveis. Nenhum exame, ressonância, tomografia, acusava nada. Quase um mês depois fui levada p/ outra cidade e lá descobriram a lesão enorme no meu cérebro. Eu tinha sofrido um AVC hemorrágico.

Eu estava grávida e devido aos fortes medicamentos e ao AVC perdi o bebê.

Não conseguia ficar de pé sozinha. Andar era impossível. Quando tentava ia de cara no chão. Perdi a conta de quantas vezes meti a cara na parede, nos móveis e no chão.

Meu marido, que era maravilhoso, me deu um chute dois meses depois.

Minha mãe, nesta época já estava bem adoentada. Sofreu 2 AVCs em 2002. Meu filho c/ apenas nove anos se viu cuidando de uma mãe aleijada e de uma avó que já não tinha muita noção do que estava acontecendo.

Três meses depois notei que meus dedos do outro pé estavam roxos e doíam muito. Trombose de extremidade. Fui internada p/ amputar parte do pé, mas graças a Deus conseguiram reverter o quadro trombótico e meus dedinhos estão aqui kkk.

Foi aí que descobri que meu AVC tinha sido provocado por uma hipercoagulopatia (trombofilia aguda)

A qualquer momento eu poderia ter outro AVC, trombose, infarto, embolia pulmonar...

Teria que tomar três injeções por dia pelo resto da vida.

Perguntei ao meu hematologista...Continuarei viva e bem se tomar às injeções? Ele respondeu... Com elas conseguiremos controlar a trombofilia.

Respondi que se fosse para continuar bem e via eu arrancaria todos os dentes e todas as unhas sem anestesia. Ele riu muito.

Começaram aí as três espetadas diárias.

Muito sofrimento, angústia e medo, até que meu médico me deu alta das injeções. Eu poderia controlar a trombofilia c/ medicamento oral.

No início do ano seguinte comecei a sentir fortes dores no peito. Hospital novamente. Meu primeiro U.T. I e meu primeiro cateterismo. Espasmo coronariano. Medo de morrer na sala de exame e não ver meu filho crescer. Medo de não poder cuidar da minha mãe que tanto precisava de mim.

Voltar p/ o rádio nem pensar. Meu maxilar também ficou travado e eu não conseguia falar direito.

Jornal também era impossível. Como ir atrás de matérias se nem andar direito eu conseguia?

É, minha vida tinha acabado!

Foi aí que meu médico me convidou p/ uma Mariápolis, um evento da Igreja católica que aconteceria em outro Estado. Recusei o convite, pois sabia que não tinha condições físicas para fazer aquele programa de três dias longe de casa. Ele não aceitou minha recusa dizendo: eu quero junto com você agradecer a Deus e N.sra. Por sua recuperação.

Quando você veio para mim eu pensei que não conseguiria te salvar e precisamos agradecer juntos por termos conseguido. Esse foi o primeiro passo para que eu descobrisse o quanto eu tinha sorte. O AVC me fez enxergar que minha vida era maravilhosa, mesmo depois do AVC e que eu não tinha nenhum motivo para me sentir uma coitada.

Mas isso eu contarei uma outra hora.

Moema - RJ

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sequelas de um AVC

(13 de setembro de 2009):

Eu me chamo Jairo. Minha mãe teve um AVC há 3 semanas(ainda está na UTI). Seu quadro vem melhorando muito lentamente. A área lesada foi muito grande(50% - hemisfério direito). Infelizmente, só nos damos conta de como a Internet pode nos ajudar nessas horas, quando acontece com alguém próximo.

Os médicos agora dizem que vão começar a investigar quais serão as seqüelas. Minha preocupação é que minha mãe, que sempre foi muito ativa com 65 anos, não consegue abrir os olhos. E os médicos dizem que há casos em que o paciente não conseguirá mais.
Sei que é difícil responder, mas conhecem algum caso onde houve essa reabilitação de poder abrir os olhos. Obrigado a todos.

(dia 17/09/09)

Obs.: Minha mãe abriu os olhos ante-ontem. Mas ainda não permanece com eles abertos o tempo todo. Com a ajuda de voçês vamos sempre acreditar.

janeiro de 2010:

Minha mãe ficou 30 dias em coma. Mas hoje está bem melhor. Está com o lado esquerdo paralisado. Mas consegue movimentar a perna esquerda bem lentamente. Já anda com dificuldade e ajuda. Leva uma vida relativamente normal. Vai ao supermercado, shopping center, etc... É preciso muita paciência e não podem faltar as terapias... Pelo tempo que ficou em coma, não esperávamos uma recuperação relativamente rápida... Só lembrando, o médico na época nos alertou que ela tinha uns 30% de chance de sobreviver... Não percam as esperanças...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O homem da minha vida


10 de março de 2009
Eu e JC estávamos trabalhando em nossa imobiliária. Eram 15;30 e ele estava em sua sala, e eu atendia um cliente em minha sala. Me ligou no celular dizendo estar passando mal. Tinha vomitado muito e chamei meus funcionários, que ligaram para o SAMU. Achei que ele estivesse tendo um enfarto.
No PS fizeram um tomografia e sua cabeça estava cheia de sangue. Neste dia começou sua luta pela vida. Fez craniostomia, clipou o aneurisma, 9 dias de coma, hidrocefalia. Acordou por um milagre. Após isso, foi diagnosticado Meningite.
Ficou 62 dias no hospital, esteve várias vezes como paciente de expectativa zero. Sobreviveu. Voltamos para casa, eu estava exausta, mas, conseguia manter a alegria e esperança de que ele conseguisse sua total reabilitação.Voltou como uma criança recém-nascida. Todo mole, lado direito sem funcionar, mutismo total. Muita fisioterapia, fono todos os dias, um enfermeiro direto. Nossas finanças e economias se concentraram aí.
Hoje ele já conseguiu controle do quadril, do torax, a mão direita está voltando a se mexer e a perna direita também. As palavras e a memória tb estão voltando aos poucos, tudo enrrolado, mas, já está voltando. Tenho muita fé que Deus está no comando e todos os dias fico ao seu lado, converso muito com ele, com medo da depressão.
Se eu pudesse apagaria o 2009 de nossas vidas, para esquecermos tudo o que já passamos este ano. Mas, como eu não posso mudar nada, cuido de meu homem por ele ter sido o melhor marido de mundo, pelos 20 anos que estamos juntos, pelos filhos maravilhosos que temos, e porque o amo muito.

Vilma Roseira

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