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domingo, 23 de janeiro de 2011

AVC surfando


Quero relatar meu caso. Acho que realmente sou um sobrevivente de AVC.
Em 2002 estava com 31 anos de idade trabalhando como engenheiro de produção em grande empresa no interior de SP (Indaiatuba). Saí de férias com minha família (filho e esposa) fui para Ubatuba querendo descansar e praticar o esporte que mais gostava e fazia desde os 15 anos de idade, o surf. Estava sozinho no mar num final de tarde, peguei uma boa onda até perto da praia.
Quando voltava para o fundo após essa onda, senti uma dor muito forte na nuca e sem motivo aparente (eu não sabia por que), fiquei parado um tempo até parar a dor. Ela parou e achei que estava tudo bem. Eu “achava".
Atravessei a arrebentação e me sentei na prancha para esperar outras ondas. Meu rosto começou a formigar e então comecei a passar mal não conseguia ficar sentado na prancha (não tinha equilíbrio). Fiquei com a cabeça fora d'agua batendo as pernas e braços, mas,perdi o movimento do braço esquerdo. Usei só as pernas e então perdi o movimento na perna esquerda também.
Aí a situação ficou crítica. Eu estava quase me afogando e por Deus apareceram dois caras surfando perto de mim. Viram minha situação e me resgataram até a praia num pranchão deles. Fiquei lúcido o tempo todo mas,não sabia o que houve. A garota de um quiosque da praia falou comigo,eu passei o número do celular de minha esposa. Ligaram pra ela e chamaram o resgate. Eles chegando, me levaram para o hospital de Ubatuba e depois para Caraquatatuba que tinha melhor aparelhagem de emergência (acho que esse tempo piorou minhas sequelas. 
Hoje ando com dificuldade, dirijo carro automático e voltei a trabalhar em 2004 na mesma função, após 1,5 anos afastado. Minha pior sequela é minha mão esquerda que não tem movimentos. Mas, com esperança continuo a fisio até hoje (após 8 anos de tratamento).
Meu neurologista descobriu que tive uma dissecção na carótida devido ao movimento de deitar na prancha, estender o pescoço pra cima e remar.
Foi uma fatalidade. Eu não tinha nenhum prognóstico,não era hipertenso,obeso nem fumante e sempre pratiquei esportes. Sigo meu caminho com perseverança e com certeza o apoio da família é fundamental principalmente de minha esposa.  Abraço a todos e perseverem!
Obrigado.
Marcelo

2 comentários:

SUELY disse...

Valeu seu depoimento. Foi mesmo uma situaçao diferente em que ocorreu o seu AVC. Um acidente inimaginável. Vc é jovem, esforçado, realmente perseverante. Não será uma pequena limitação que o impedirá de vencer e ser feliz!

ellen gimenes disse...

oi,meu nome e ellen tive 3 avci,minha historia esta nesse site...nao e facil ter um avc,nos sofremos,mais temos que ter forças,lutar.deus faz as coisas certas,da o fardo que gente possa carregar,deus e bondade,amor so quer o nosso bem,fica com deus!

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