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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Vão-se os dedos, ficam os anéis.


     Sempre fui uma pessoa muito ativa:trabalhava de manhã, à tarde e à noite. Também pudera: professora , do ensino infantil na rede Municipal de Bragança Paulista ,da rede Estadual e particular.
     Minha vida era correr de um lado para o outro, dormir tarde e acordar cedo.De repente uma reviravolta; fiquei sem empregada e meu marido foi trabalhar no Rio de Janeiro.
     Tive que me adaptar.Com 2 filhos não teve jeito, passei a ser dona de casa, mãe, esposa, professora, motorista...
Seis meses nessa rotina, descuidei de mim mesma, parei de tomar os remédios da pressão e me alimentava mal, mesmo sendo diabética dependente de insulina.
     Na madrugada de domingo 13 de março de 2011, acordei por volta das quatro da manhã sentindo algo estranho dentro de minha cabeça, não conseguia e não consigo descrever,não era uma dor, mas parecia algo perto de uma Grande ansiedade um vazio na cabeça. Nos finais de semana meu marido voltava para casa e ele acordou com eu já vestida, pronta para ir ao médico. Ele quis me levar e eu disse que não precisava.
     Decidi ir a UPA mais perto de minha casa e quando o médico me atendeu, era visível que ele estava dormindo e me medicou com diazepan. Voltei pra casa e logo voltei a dormir acordando lá pelas oito e meia me sentindo estranha. A fala estava pastosa e os movimentos lentos . Voltei ao hospital lá pelas onze horas e a médica que me atendeu falou que deveria ser do remédio que tomei e acabei tomando soro até as seis da tarde. E eu nada de melhorar, muito pelo contrário só piorando.( continua no próximo email )

Passei então a ter crises de pânico e pedi para ser atendida por um psiquiatra. Lá falei sobre minhas crises e sobre minha preocupação de que eu não melhorava.  O médico procurou quem tinha me atendido e a médica já estava indo embora do plantão . Quando a médica me procurou ela disse que achava que eu tinha melhorado e ido embora, mas diante do meu quadro fui mandada a Campinas para fazer uma tomografia pois ela estava suspeitando de um AVC que foi constatado posteriormente. Fui transferida para a Santa Casa de Bragança e lá fiquei internada por 4 dias. Mas o que deixou a mim e ao meu marido revoltados foi ser atendida por um médico conhecido do meu marido, e ele nos dizer que aquele quadro poderia ser revertido se eu tomasse nas primeiras horas do AVC um antitrombolítico ( corrijam se eu errar o nome). Agora não adiantava mais, o estrago foi feito. 
   Meu marido saiu do emprego e ficou por três meses cuidando de mim. Fiquei com o lado direito paralisado, boca torta, sem equilibrio , fala pastosa...
  
 O antigo dito popular dizia "vão-se os anéis e ficam-se os dedos", mas no  meu caso foi ao contrário. Tenho 47 anos e em meus 44 anos de vida recebi um presente, um AVC. Muitos me dirão: Presente?Mas que presente é esse?
Sim, um presente da parte de Deus que é a chance de poder viver e ver meus filhos crescerem.
Gosto muito do livro Pollyana de Eleanor Poter e gosto (assim como ela) fazer o jogo do contente (quem leu o livro sabe do que estou falando e pra quem não leu fica a dica). Busco sempre o lado bom das coisa.
Ao receber o "presente" (de grego) fiquei com o lado direito paralisado, a boca torta e fala pastosa. Hoje já recuperei quase que integralmente o poder de me comunicar, meu lado direito da face se entorta quando dou risada ou choro.Tenho praticamente o lado direito paralisado (hemiplegia , perdoem-me se errei o nome), Hoje digito isto com a mão esquerda mesmo sendo destra.

Olga - Bragança Pauista - SP.

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