Passei então a ter crises de pânico e pedi para ser atendida por um psiquiatra. Lá falei sobre minhas crises e sobre minha preocupação de que eu não melhorava. O médico procurou quem tinha me atendido e a médica já estava indo embora do plantão . Quando a médica me procurou ela disse que achava que eu tinha melhorado e ido embora, mas diante do meu quadro fui mandada a Campinas para fazer uma tomografia pois ela estava suspeitando de um AVC que foi constatado posteriormente. Fui transferida para a Santa Casa de Bragança e lá fiquei internada por 4 dias. Mas o que deixou a mim e ao meu marido revoltados foi ser atendida por um médico conhecido do meu marido, e ele nos dizer que aquele quadro poderia ser revertido se eu tomasse nas primeiras horas do AVC um antitrombolítico ( corrijam se eu errar o nome). Agora não adiantava mais, o estrago foi feito.
Meu marido saiu do emprego e ficou por três meses cuidando de mim. Fiquei com o lado direito paralisado, boca torta, sem equilibrio , fala pastosa...O antigo dito popular dizia "vão-se os anéis e ficam-se os dedos", mas no meu caso foi ao contrário. Tenho 47 anos e em meus 44 anos de vida recebi um presente, um AVC. Muitos me dirão: Presente?Mas que presente é esse?
Sim, um presente da parte de Deus que é a chance de poder viver e ver meus filhos crescerem.
Gosto muito do livro Pollyana de Eleanor Poter e gosto (assim como ela) fazer o jogo do contente (quem leu o livro sabe do que estou falando e pra quem não leu fica a dica). Busco sempre o lado bom das coisa.
Ao receber o "presente" (de grego) fiquei com o lado direito paralisado, a boca torta e fala pastosa. Hoje já recuperei quase que integralmente o poder de me comunicar, meu lado direito da face se entorta quando dou risada ou choro.Tenho praticamente o lado direito paralisado (hemiplegia , perdoem-me se errei o nome), Hoje digito isto com a mão esquerda mesmo sendo destra.
Olga - Bragança Pauista - SP.
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