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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

INVERTENDO OS PAPÉIS

Olá, sou Tiago, tenho 21 anos e moro no no interior do Mato Grosso do Sul...
Pra falar a verdade não li outros depoimentos, e nem sei o quanto vocês padeceram, sofreram, e até acredito que tenham sofrido, até mais do que eu .


Minha Historia graças a Deus, ainda não é tão trágica, meu pai ainda anda, fala, briga (e fico feliz por isso), ele tem todos os seus sentidos e quem não o conhece diz que ele é “normal”, a não ser pelo fato de ele ter agora a mente de uma criança de seis anos...


Minha mãe e eu “descobrimos” a doença há um ano e meio ou dois anos, sim, por que foi muito lento e sorrateiro o processo de retardo, se é que posso chamar assim, de acordo com os médicos o derrame vem acontecendo a aproximadamente quatro anos. Certa vez minha mãe e eu estávamos na chácara do irmão dela, meu pai iria pra lá no dia seguinte, quando a tarde recebemos uma ligação de que meu pai estava no hospital. Minha vizinha, que o socorreu, disse que ele tinha desmaiado no banheiro, quando voltou em si foi gatinhando até o portão de casa pedindo por ajuda.
O Doutor observou que havia algo errado, e encaminhou meu pai pra um psiquiatra, esse seria o primeiro passo pra uma decadência emocional na minha vida, exames foram realizados, e diagnósticos elaborados. Aquele desmaio no banheiro anos atrás, tinha sido na verdade um “microderrame” como eles chamaram, talvez pra que nós leigos pudéssemos entender, e que esse “microderrame” não havia parado por todo esse tempo, por isso as mudanças de comportamento, por isso foi tão sutil e lento. Imediatamente começamos a tratá-lo.
No começo era difícil definir o que era causado pelo AVC ou o que ele fazia por conta mesmo, muitas vezes ele avançava sobre mim e minha mãe e isso nos deixava assustados. Certa vez ele foi pra cima da minha mãe e eu imediatamente fui segura-lo, agora pense você, como já disse meu pai era chefe de obras, era um homem robusto e forte, e eu um adolescente de 50 kg, chega ser engraçado, eu abraçado no meu pai, minha mãe correndo pela casa, e eu sendo arrastado por todos os cômodos. Hoje eu acho graça, mas naquele dia eu chorei muito, como nunca antes, meus braços doíam de câimbra, e tomei ciência de que havia perdido meu pai, de que nunca mais as coisas seriam como antes, nunca mais.
Larguei a faculdade, arranjei o primeiro emprego, (meu pai é quem sustentava a casa) minha mãe trabalhava mais do que nunca, pra mantermos o nosso nivel de vida e pra cuidar dele, remédios, consultas, tudo muito caro, tudo muito difícil. Hoje estamos bem, meu pai esta numa instituição que ajuda pessoas com problemas mentais (APAE), tem sido mais fácil, com ajuda...
Bem eu poderia ficar horas, e escrever sobre muitas outras coisas, absurdas, tristes e até engraçadas, mas sei lá, assim que julgar necessário eu faço isso, afinal, minha vida não acabou, nem a do meu pai. Aprendo hoje a deixar um pouco o eu, o meu, a minha, e pensar mais nele, no dele, no que ele quer, hoje tento fazer o que ele gostava, sempre que posso e enquanto ele pode, tomar sorvete, andar no parque, ir ao mercado perto de casa e fazê-lo lembrar das frutas que ele me ensinou a gostar são os desafios que eu tento realizar todos os dias da minha vida!

domingo, 23 de janeiro de 2011

AVC surfando


Quero relatar meu caso. Acho que realmente sou um sobrevivente de AVC.
Em 2002 estava com 31 anos de idade trabalhando como engenheiro de produção em grande empresa no interior de SP (Indaiatuba). Saí de férias com minha família (filho e esposa) fui para Ubatuba querendo descansar e praticar o esporte que mais gostava e fazia desde os 15 anos de idade, o surf. Estava sozinho no mar num final de tarde, peguei uma boa onda até perto da praia.
Quando voltava para o fundo após essa onda, senti uma dor muito forte na nuca e sem motivo aparente (eu não sabia por que), fiquei parado um tempo até parar a dor. Ela parou e achei que estava tudo bem. Eu “achava".
Atravessei a arrebentação e me sentei na prancha para esperar outras ondas. Meu rosto começou a formigar e então comecei a passar mal não conseguia ficar sentado na prancha (não tinha equilíbrio). Fiquei com a cabeça fora d'agua batendo as pernas e braços, mas,perdi o movimento do braço esquerdo. Usei só as pernas e então perdi o movimento na perna esquerda também.
Aí a situação ficou crítica. Eu estava quase me afogando e por Deus apareceram dois caras surfando perto de mim. Viram minha situação e me resgataram até a praia num pranchão deles. Fiquei lúcido o tempo todo mas,não sabia o que houve. A garota de um quiosque da praia falou comigo,eu passei o número do celular de minha esposa. Ligaram pra ela e chamaram o resgate. Eles chegando, me levaram para o hospital de Ubatuba e depois para Caraquatatuba que tinha melhor aparelhagem de emergência (acho que esse tempo piorou minhas sequelas. 
Hoje ando com dificuldade, dirijo carro automático e voltei a trabalhar em 2004 na mesma função, após 1,5 anos afastado. Minha pior sequela é minha mão esquerda que não tem movimentos. Mas, com esperança continuo a fisio até hoje (após 8 anos de tratamento).
Meu neurologista descobriu que tive uma dissecção na carótida devido ao movimento de deitar na prancha, estender o pescoço pra cima e remar.
Foi uma fatalidade. Eu não tinha nenhum prognóstico,não era hipertenso,obeso nem fumante e sempre pratiquei esportes. Sigo meu caminho com perseverança e com certeza o apoio da família é fundamental principalmente de minha esposa.  Abraço a todos e perseverem!
Obrigado.
Marcelo

Após acidente de carro

Oi!! meu nome é Roberta,tenho 32 anos e sofri um AVE em decorrencia de um acidente de transito em junho de 2010.Alguns médicos dizem que foi traumático pois meu filho de 4 anos estava junto(mas nada sofreu),outros dizem que eu já tinha isso e só se manifestou com o acidente.
Fiquei  um mês no hospital mas não fiz cirurgia nem fiquei na cti.Hoje estou com a fala arrastada,.e não consigo escrever com a mão direita., sequelas difiíeis para uma professora...Quero muito ter outro filho,mas tenho muito medo...
Hoje faço tudo. fico sozinha com meu filho, caminho. Só os movimentos finos são difíceis...Faço fisio e a fono me disse que eu tenho disartria...choro e sorrio com muita facilidade...No começo não parava de rir. O médico me disse que era sistema nervoso...Agora ,sorrio em alguns lugares específicos que me lembrem tudo o que passei...Abraços...

Muitos dias para diagnosticar


Meu nome é Luciana, tenho 39 anos e há 3 meses tive um AVC, simplesmente apaguei na rua. Não imaginava o que era. No dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça muito forte, não dei muita atenção .
Fui à faculdade e trabalhar essa dor permaneceu por 3 dias. No terceiro dia fui ao hospital meu lado direito estava dormente e não conseguia engolir nada. Me mandaram para casa disseram que nada eu tinha, apenas uma dor de cabeça forte, e o hospital é particular. Bem, resumindo, após a ressonância descobri que tinha tido um avc hemorragico em uma área onde geralmente as pessoas não sobrevivem, no tronco cerebral. 
Os médicos dizem que foi um milagre, sinto-me estranha, tenho medo de tudo agora, mas acredito que tenho uma grande missão, por isso fui poupada! Se alguém quiser conversar comigo meu e-mail lucianafbarbosa@ig.com.br

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Com apoio da esposa, sobrevivi



Meu nome é José Claudinei de Souza eu tive AVC há 1 ano e 4 meses(17/09/09) atrás. Graças a Deus eu estou firme agora , pude contar com o apoio da minha esposa, que foi a unica pessoa a ajudar.
Todos os dias eu faço fisioterapia duas vezes ao dia. Eu fiquei com sequeelas (claro) na perna,braço, fala. Mas estou andando , falando. Só me falta o braço ... Mas tenho força...Mas ainda não sobe...é muita força. O AVC que eu tive foi hemorragico fique 23 dias no hospital . 20 dias em coma .  
 
Mas Graças a Deus, eu sobrevivi. Abraços
 

domingo, 16 de janeiro de 2011

AVISO



Muitos leitores nos enviam perguntas, recados na forma de comentários anônimos, às vezes em posts muito antigos... Pedem orientações, buscam apoio. 
Se deseja uma resposta, deve nos escrever para sobrevivi.avc@gmail.com
Se você não nos comunicar qual é o seu e-mail, não temos como responder.
Dentro de nossas possibilidades, tentaremos compartilhar mais experiências, com base em relatos que já recebemos.
Esclarecemos que não somos médicos 
ou outros profissionais de saúde.

Nos comprometemos a manter sigilo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Jovem retomando a vida


Eu tinha dores de cabeça e minha mãe me levou no médico em setembro de 2009. O médico disse que era pra chamar atenção, e também minha mão direita enrolava. Ele me passou um remédio natural mas não resolveu nada.

Aí, o ano passado tive o primeiro avci, no dia 14 de maio. Eu tomei banho, me maquiei. Na hora em que eu fui pôr a bota, me deu a dor de cabeça, nem sei explicar. Foi tão forte. Aí eu pensei: “Ah, depois vai sarar”. Eu ia nesse dia para show de Fernando em Sorocaba. E eu estava saindo na garagem,eu sentei em uma cadeira. Minha mãe estava lá. Ela pensou que eu tinha tropeçado. Ela me chamou mas não respondia. Comecei a vomitar, desmaiei e minha boca entortou... Minha mae ligou para o meu meu pai. 

A gente mora no centro ele tem uma fábrica perto da nossa casa. Aí ele me levou pro quarto, tirou a minha roupa que estava toda suja e pôs outra, aí eu fui para o hospital. Eram 18 horas da tarde e meu pai já chegou me colando lá dentro. Nem médico estava entendendo o que tinha acontecido comigo. Um médico disse que era suicídio ou era droga e eles passaram um negócio que ia lá no meu estômago e não saiu nada, porque tudo que eles perguntavam eu balançava a cabeça dizendo que sim.

Eu não estava entendo nada mas eu me lembro de tudo. Eu vi tudo, só que na minha cabeça não estava tudo bem. Estranho, né? Estava tudo bem: batimentos cardíacos, pressão, tudo... Uma médica disse: “ou é aneurisma ou é avc. Eu eu fiquei lá por 4 horas, aí sim eu fui à Santa Casa. Fiquei lá por uma semana e deu avci. Só não estava consequindo falar, nem ler, nem escrever. Na sexta-feira, eu saí, 24 de maio, foi na segunda feira eu desmaiei em casa e não consegui mexer o lado direito.

Fiz a melhor tomografia de Franca e deu mesmo avc isquêmico. Eu comecei a fazer fisioterapia,fono, T.O, psicóloga e nutrição. Eu faço aniversario no dia 10 de junho. Minha mãe e meu pai fizeram festa pra mim. Quando foi dia 16 junho, outro avc. Minha esquerda estava enrolando. Eu fui no médico e fiquei 10 dias internada. Psava 44 quilos e fui a 39 quilos. Estou começando a ganhar peso estou tomando uma vitamina nutrien 1.0. Agora estou com 40 quilos os remédios tiram a fome, mas se eu não lutar por mim, quem vai? É muito difícil. Só quem passou pra saber. Os outros ficam olhando pra você de uma forma diferente, uns com carinho,uns com nojo...

Hoje estou melhor, já estou conseguindo falar melhor,minha boca voltou,eu voltei pra escola o ano passado. Sei ler e sei escrever com a mão esquerda. Terminei o 3º colegial. Minha perna está mancando, só a minha mão ainda não voltou e o braço, um pouco. A gente tira forças não sabe de onde. Eu estou indo no centro espírita e de lá que vem minhas forças. Eu mereci e eu tenho que aceitar... Eu vou internar em Ribeirão Preto no HC. Desde agosto meu nome esta lá, na emergência, eles não chamam... Esperar. Pensar que existem problemas piores que os nossos, nós já vimos a morte e olhar pra frente pensando em uma só pessoa: Deus.

Ellen
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